Provavelmente você já chamou ou foi chamado por alguém de “bipolar”, mas você sabe mesmo o que isso significa, quais são os riscos e como lidar com o transtorno?
O Dia Mundial do Transtorno Bipolar tem a função de aumentar a conscientização e a aceitação do quadro.
O dia 30 de março foi escolhido em homenagem ao pintor holandês, Vincent Van Gogh que possivelmente, tinha o transtorno.
Mas vamos ao que interessa?
Todos nós passamos por variações de humor e às vezes estamos mais felizes, mais tristes, mais irritados... No entanto, quando falamos de transtorno bipolar, estamos falando de estados de humor muito intensos e que duram muito tempo. Na maioria das vezes de uma semana para mais, podendo durar meses ou até anos.
Devido à enorme complexidade humana, os sintomas da bipolaridade variam muito de pessoa para pessoa, desde a intensidade até a duração.
Estima-se que 3% da população mundial tenha Transtorno Bipolar, atingindo cerca de 140 milhões de pessoa, de acordo com dados da OMS de 2019. É mais comum surgir em pessoas jovens entre 15 e 25 anos, mas nada impede que os primeiros episódios aconteçam depois dessa idade.
As causas do transtorno ainda são desconhecidas, mas os estudos sugerem que existe alteração em áreas do cérebro e nos níveis de neurotransmissores como noradrenalina e serotonina. Além disso, a genética entra como fator de risco bem importante.
o Transtorno Bipolar causa alterações anormais de humor e energia, afetando a capacidade de levar adiante tarefas do dia-a-dia.
As principais características do transtorno são os episódios depressivos alternados com episódios de euforia (mania ou hipomania, dependendo da intensidade e da duração).
Sintomas característicos da fase de euforia:
– Sensação de extremo bem-estar;– Aceleração do pensamento e da fala;– Agitação e hiperatividade;– Diminuição da necessidade de sono;– Aumento da energia;– Diminuição da concentração;– Euforia ou irritabilidade;– Desinibição;– Impulsividade;– Ideias de grandiosidade e sensação de “poder”.
Sintomas característicos da fase de depressão:
– Alterações de apetite com perda ou ganho de peso;– Humor deprimido na maior parte dos dias;– Fadiga ou perda de energia;– Apatia, perda de interesse ou prazer;– Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;– Agitação ou retardo psicomotor;– Sentimento de culpa ou inutilidade;– Desânimo e cansaço mental;– Tendência ao isolamento tanto social como familiar;– Ansiedade e irritabilidade.
O diagnóstico costuma ser bastante difícil, indicando a necessidade de profissionais especializados.
O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
Adesão ao tratamento reduz as chances de recorrência de crises, atenua a intensidade de eventuais episódios e diminui as chances de suicídio.
Não deixe que os outros te digam quando procurar ajuda!
Quem sabe do seu sofrimento e das perdas que você tem, é você mesmo. Transtorno Bipolar não tem cura, mas tem tratamento e é possível ter qualidade de vida, mesmo com o transtorno.
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