Laila Braga Barbosa. Tecnologia do Blogger.

5 fatos que você precisa saber sobre a OBESIDADE


Se levarmos em consideração a população adulta brasileira, a taxa de obesidade é de 26,8% dos habitantes. Tem noção da quantidade de gente que isso representa e quantas pessoas estão sofrendo com o excesso de peso no nosso país?

E sim, a palavra é “sofrendo” mesmo, já que são pessoas que enfrentam uma série de desafios para conviver em sociedade, além de correrem o risco de ter outros problemas de saúde que reduzem a qualidade de vida e podem levar à morte.

Concordando ou não, hoje a obesidade é considera uma doença crônica em ascensão, mas que pode ser enfrentada com reconhecimento, monitoramento, prevenção e com tratamentos de saúde adequados e específicos.

Justamente por isso que hoje separei 5 fatos que você precisa saber sobre a obesidade.


1) A obesidade é uma doença

Apesar da decisão ter causado controvérsias e diversas discussões em torno do tema, reconhecer obesidade como uma patologia ajuda a fortalecer o enfrentamento dessa condição como uma questão de saúde pública.

Independente de classificação, o fato da obesidade ser uma condição de alta complexidade não muda. Além dos fatores biológicos e genéticos, sabemos que a saúde mental, o contexto social, econômico, cultural e familiar vão estar nas bases da causa da obesidade.

2) Pessoas com obesidade sofrem preconceito

Sim, gordofobia existe e não é uma “desculpa” ou “mi-mi-mi” da pessoa obesa. Pessoas que vivem com a obesidade são estigmatizadas e associadas a uma série de características negativas como preguiça, desleixo ou fracasso. Existe um mito muito difundido que alimenta o preconceito a pessoa obesa que pressupões que mudar o peso corporal depende exclusivamente de “força de vontade”.

O maior dano que a gordofobia traz é, possivelmente, a dificuldade que a pessoa tem em procurar ajuda especializada por medo do julgamento dos profissionais de saúde e por conta dos inúmeros constrangimentos aos quais já foram submetidos.



3) Obesidade não é apenas sobre peso

O peso é um indicador para a obesidade e o grau dela, mas o tratamento da condição precisa focar na melhoria geral da saúde e não apensas na balança ou no famoso IMC. É importante saber que mesmo com o IMC elevado, é possível ter hábitos de vida mais saudáveis, mais sensação de bem-estar, ser mais ativa e prevenir outras doenças.


4) Tratamento da obesidade é multidisciplinar

Por mais que seja comum no Brasil tratamentos isolados, o mais indicado é que o obeso receba os cuidados de diversos profissionais de saúde incluindo psicólogo, nutricionista, educador físico e médico.

Além da ingestão adequada de nutrientes e calorias, o paciente vai precisar de motivação para sair do sedentarismo, atividade física adequada a condição atual e entendimento sobre as emoções envolvidas no processo. Esses são fatores determinantes para o sucesso do tratamento.

Para alguns casos, vai ser necessária a utilização de medicamentos que auxiliem no processo e em outros casos haverá a indicação de cirurgia bariátrica, mas é sempre bom lembrar que essas alternativas só devem ser usadas caso as outras tenham falhado. Medicamento e cirurgia não fazem milagre e não excluem a necessidade dos outros profissionais.


5) Dietas pode levar à obesidade

Emagrecer é uma questão de comer menos e se exercitar mais. Certo? Bom... Depende do ponto de vista! Os estudos mostram que dietas restritivas aumentam o risco de obesidade em pessoas que têm predisposição genética e multiplicam as chances de elas desenvolverem Transtornos Alimentares.

Cerca de 40% dos obesos tem Compulsão Alimentar e pessoas com histórico de dietas, tem 60% mais chances de desenvolver o transtorno. Não pode ser só coincidência, não é?

Não se esqueça que comer vai muito além de simplesmente suprir uma necessidade de nutrientes! Alimentação envolve memórias afetivas, busca de prazer, socialização, relacionamentos... Por isso, é preciso ressignificar a relação do obeso com a alimentação e não cobrar que ele coma menos e melhor.


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