Laila Braga Barbosa. Tecnologia do Blogger.

PROCRASTINAÇÃO E DEPRESSÃO


Adiar tarefas importantes, deixar algumas coisas para fazer em cima da hora e passar mais tempo do que gostaria navegando nas redes sociais, não é patológico, é bem comum e tem explicações até simples (veja mais aqui). Pode trazer alguns prejuízos para a vida do procrastinador, mas nunca é nada muito sério ou de difícil solução. Porém, procrastinação constante, seguida da ruminação sobre os acontecimentos pode ser sintoma de alguns transtornos psicológicos.

A procrastinação pode mascarar problemas piores como a depressão ou um transtorno de ansiedade. A relação entre depressão e procrastinação é bem simples e direta: quanto mais deprimida uma pessoa estiver, mais ela tenderá a procrastinar.

Sabe o que é pior?

A depressão aumenta a probabilidade de a pessoa procrastinar, e a procrastinação aumenta o estresse, a ansiedade e pode levar a depressão. Resumindo: é um ciclo vicioso.

Vale lembrar que um sintoma isolado NÃO É critério para estabelecer diagnósticos, mas pode ser o nosso ponto inicial para pensar a respeito e buscar ajuda se necessário.


Pessoas deprimidas podem considerar obrigações chata, sem sentido, entediantes ou mais estressantes do que te fato são. Essa percepção acaba trazendo o desejo de “fugir”, “escapar” e romper com o padrão usual (a rotina), mas os movimentos reais para que isso aconteça, são poucos e ineficientes.

Esse desejo “sonhador” que não gera movimento, é chamado de paralisia da vontade. Enquanto aspirações de mudar gera motivação e movimento, essa procrastinação (quando sintoma) gera ausência de motivação e ruminação de pensamentos.

Falando de um jeito bem simples: mesmo que a curto prazo, a procrastinação gera prazer e sensação de alívio, mas quando esse comportamento é sinal de depressão, não existe a sensação prazerosa momentânea.

A procrastinação nos casos de depressão faz com que as pessoas evitem ou adiem algumas situações por considerarem elas cansativas demais. Não é que você esteja evitando o desgaste que a atividade gera. É que o seu corpo não responde da forma que você sabe que precisa.

A tendência da procrastinação normal é te fazer esquivar de qualquer coisa que não gere gratificação imediata, mas nos casos patológicos, esse adiamento de atividades é mais sem foco. Logo, são repelidas atividades de responsabilidade e pode fazer com que você se torne passivo na vida. Como um expectador que quer mudar o canal do televisor, mas além de não saber onde está o controle, não consegue levantar para procurar.

De qualquer forma, sendo a procrastinação um sintoma ou não, a longo prazo ela leva a irritação, exaustão emocional, sentimentos de desespero, desamparo e pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais mais sérios e difíceis de tratar.

Então, qual a diferença?


A procrastinação é quebrada com pequenas mudanças na rotina. Sintomas de depressão precisam de uma atenção diferente e as vezes de intervenção medicamentosa.

Porém, em qualquer uma das situações, definir uma rotina, organizar o dia (agenda, planner, plataformas) e colocar as tarefas que devem ser cumpridas em ordem de importância ou necessidade, pode ajudar muito. Assim como, forcar nos aspectos positivos e os bons hábitos que você já tem.

Não se recrimine por alguma coisa não ser ou não parecer o suficiente. Esses pontos ruins podem ser melhorados com o tempo. Se dê tempo!



Mas não se esqueça que todos nós vamos experimentar a procrastinação em algum momento da vida. Evitar ou adiar tarefas não é sempre um sintoma de transtorno mental, porém se a procrastinação é sua companhia inseparável e as técnicas usuais não estão funcionando para acabar com ela, pode ser o momento de olhar para isso de uma forma diferente.


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