Você sabia que o Brasil já era o país mais ansioso do mundo, mas que o número de pessoas com essa condição praticamente dobrou nesse período de pandemia?
Para você ter uma ideia, entre abril e maio de 2020, o termo “insônia” foi o mais pesquisado no Google e a venda de medicamentos psiquiátricos (calmantes, estabilizadores de humor, antidepressivos, ansiolíticos) aumentou em média 80%.
Estudos apontam que cerca de 3% dos brasileiros tiveram pelo menos 1 episódio de pânico em 2020. E você? Já teve alguma crise de pânico na vida? Sabe o que isso significa e como lidar com ela?
O que é a síndrome do pânico?
Só para que você não fique confusa, a única diferença entre crise de pânico e síndrome do pânico, é a recorrência desses episódios.
A síndrome do pânico é um dos Transtornos de Ansiedade mais comuns e o que mais levam as pessoas a buscarem ajuda médica, já que os seus sintomas são muito parecidos com um ataque cardíaco.
Essas crises provocam sintomas físicos com coração acelerado, falta de ar, sudorese, tremores, dor no peito, náusea, calafrios, formigamentos... E psicológicos, com um medo muito forte de morrer ou enlouquecer, sentimento de insegurança e desespero, aparentemente sem um risco real.
É comum que pessoas com esse quadro permaneçam constantemente preocupados que um novo ataque ocorra, mas infelizmente as crises de pânico costumam ser inesperadas, acontecendo algumas vezes inclusive durante o sono.
De acordo com o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP, 10% da população brasileira pode sofrer com crises de pânico e pelo menos 3,5% apresentam os sintomas mais de uma vez e tem alterações nos seus comportamentos por conta disso.
Por pior que pareça, uma crise de pânico dura em médica de 5 a 10 minutos (mesmo que em alguns caso esse tempo seja maior), não é letal (você não vai morrer) e tem tratamento.
Porém, se não tratada corretamente, as crises de pânico podem se tornar mais frequentes (transtorno do pânico) e pode levar à agorafobia, mas isso é assunto para outra postagem.
CAUSAS DA SINDROME DO PÂNICO
Não sabemos dizer as causas exatas, mas as pesquisas mostram que alguns fatores podem desencadear uma crise pânico:
- Estresse elevado;
- Transição de vida abrupta;
- Morte ou doença grave de pessoas queridas;
- História de violência;
- Necessidade de se sentir ou estar no controle das situações;
- Situações de estresse pós-traumático (TEPT);
Vendo assim, fica mais fácil entender os motivos da pandemia ter aumentado o número de ansiosos no mundo, não é?
Os estudos também indicam que a Síndrome do Pânico é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente aparecem depois dos 30 anos.
Algumas pessoas passam anos convivendo com esses sintomas incômodos e sem ter o diagnóstico adequado, pois geralmente tem medo ou vergonha de contar para alguém o que estão experimentando e acabam sofrendo em silêncio.
Muitas pessoas que sofrem com o pânico, não sabem que tem um transtorno REAL e TRATÁVEL, já que buscam ajuda médica e veem que não tem “nada”.
Pessoas com Transtorno do Pânico podem ter muitos prejuízos na vida e se distanciarem de amigos, familiares e de atividades que deveriam ser sua fonte de proteção.
A boa notícia é que a maioria das pessoas encontra melhoras significativas apenas com o processo de PSICOTERAPIA. Outras vão precisar mesclar esse tratamento com medicamento, mas geralmente os resultados são bem satisfatórios.
DICAS PARA CONTROLAR UM CRISE DE PÂNICO
Por mais simples que parece, uma das formas mais eficientes de rápidas de controlar uma crise de pânico é por meio da respiração, mas como durante a crise você não vai conseguir pensar sobre a técnica, escolha os seus dias bons e treine.
Tente relaxar a musculatura e faça a respiração diafragmática:
E por mais difícil que seja e mesmo que não acredite nisso durante a crise, tente se lembrar que ela é incômoda, extremamente desconfortável, mas se você já foi ao médico, já fez os exames, ELA NÃO É LETAL E NÃO VAI DE MATAR.
No mais... Tenha uma alimentação saudável, faça atividade física, seja menos exigente com você mesmo, procure uma atividade de lazer, crie o hábito de meditar, aproxime-se de quem você ama e faça terapia!
Não espere adoecer para cuidar de você mesma 😉
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